sexta-feira, 30 de agosto de 2013

E eu cá, convicto de que não me emocionaria...

Após a tensão para obtenção do visto e uma semana dedicada aos preparativos para a viagem, cessam os planos e se iniciam as experiências imediatas. Digo isso, pois, ainda que não tenha embarcado, já tive o contato com primeiro teste do intercambista, o de ter que dar o adeus para as pessoas queridas.
Pensava eu que seria fácil, afinal logo estou voltando e tenho certeza que o tempo corre muito mais rápido lá do outro lado. Porém, acho que menosprezei um pouco a situação.
Não há nada mais bonito – e posso dizer que experimentei isso nesses últimos dias – de sentir, com sinceridade, o apoio dos amigos e da família.

Esta viagem foi uma oportunidade para evidenciar relações já concretizadas. Um momento em que é permitido declarar a importância que cada pessoa tem na sua vida e você na dela.
O texto é um tanto piegas, talvez por se tratar de um período de 6 meses não merecesse tanto sentimentalismo, mas é o que senti.

Agradeço a todos os parentes que me ligaram desejando boa viagem, rezaram para que toda a documentação fosse devidamente regularizada, que me ajudaram na arrumação das malas.
Meus pais e irmãos que a todo o tempo me incentivaram. Avós e tios que me deram suporte.
Agradeço a todos os amigos que me apoiam e manifestaram o real carinho por mim. Sei que muitos não puderam comparecer à confraternização por motivos variados e agradeço a mensagem desejando sucesso na viagem.
            Agradeço aos amigos que pude despedir ontem no bar e que a presença de todos me deixou muito feliz.

Parece que às vezes precisamos da despedida para poder compreender como as pessoas são importantes nas nossas vidas. Somos escravos da “falta”. Em momentos como esses vemos que devemos mesmo é valorizar o que temos, mas sempre nos esquecemos.
Uma simpática ironia; Fiquei feliz de ver em muitos o pesar de se privar temporariamente de minha companhia, saber-se importante para os outros é muito bom.

Aos amigos bêbados que me escreveram os recados no bar ontem, muito obrigado pelas mensagens. Li antes do voo, contrariando o que me foi pedido. Alguns não tinham muito nexo, outros podia compreender a essência, mas a letra era ruim. Enfim, valeu a oportunidade! Haha

 Em especial, um abraço para meus amigos Igor e Marcela, os pais jovens. Infelizmente não estarei presente para ver o Manoel lançar seus primeiros olhares no mundo e poder segurá-lo após o nascimento. Porém, estarei acompanhando tudo do outro lado, e é certo! Me prometeram a maior cobertura via Skype que poderíamos conhecer em tempos digitais. Estarei torcendo de “perto” pelo sucesso de tudo e pela felicidade de vocês.
Estou muito ansioso, com muita expectativa. Agora em cima da hora da um medo, quase que parece que é um sentimento ruim. Mas é isso que faz ficar bacana.
E o recado é esse, toda essa sensação confusa da felicidade de embarcar nesta viagem e da tristeza de despedir dos amigos e família, é o que nos move. É isso que nos faz sentir vivos.
Afinal, “são só dois lados da mesma viagem”. Agora estou partindo daqui, estou chegando lá. E logo estarei voltando.

Até logo, pessoal!



Até logo, pessoal!


Um comentário:

  1. Querido Rodrigo, desejo nessa sua viagem que tenha novas experiências que aprimorem ainda mais a sua sensibilidade.
    "Presentes na lembrança, ausente do lugar"- Trecho de uma música que esqueci o autor haha.
    Beijos da tia Andréa
    ps: adorei seu texto!

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